Esta semana uma importante revista do país publicou uma reportagem sobre esse "novo" grão, sinceramente desconhecia a existência do mesmo, mas folheando um livro encontrei algumas informações:
Desde tempos antigos este trigo altamente nutritivo desempenhou um papel importante na cozinha do Oriente Médio, particularmente na Jordânia, Líbano e Síria. O trigo é colhido enquanto ainda jovem, macio e verde, e os caules são assados e defumados na lenha em fogo aberto para preservar o valor nutricional e o gosto "verde" antes de ser descascado.
No passado, pedrinhas às vezes se misturavam com o trigo, ameaçando os dentes de quem comia sem cuidado, mas os métodos modernos de colheita e processamento reduzem bastante a conta do dentista.
Rico em fibras, com pouco carboidrato e de baixo IG (índice glicêmico), o freekeh pode substituir o arroz ou o cuscuz nas saladas, recheios, hambúrgueres vegetarianos, pães ou pilafs*, mas nos lares do Oriente Médio é popularmente servido em ensopados.
O freekeh integral, bem grosso e marrom-esverdeado-escuro, precisa ser fervido por 45 minutos em água ou caldo para amolecer. O freekeh de grão partido, de um marrom mais acentuado, é bem suave e cozinha em menos tempo.
Sabor: O grão cozido, de sabor levemente defumado e pleno, que lembra carne, adiciona uma agradável textura de nozes a pratos quentes e frios.
Texto extraído do livro: 1001 Comidas para Provar Antes de Morrer - Frances Case - Sextante, 2009.
*Pilaf é o modo de cozer o arroz no Oriente Médio, e que consiste em fritar o arroz num refogado de cebola e gordura de forma a torná-lo transparente, após o que lhe é adicionado um líquido, geralmente água. Pode ser servido puro, mas em geral é servido como um guisado, na maior parte dos casos de carne, mas também pode ser de marisco.